30/05/2009

O regresso da Polaroid



Hoje fiquei com um sorriso estampado no rosto ao ler a notícia do Público, "O regresso anunciado da Polaroid".

Aqui ficam alguns excertos do texto de Vanessa Rato.

<"O objectivo da invenção da fotografia instantânea foi essencialmente estético", diria Land, que conseguiu seduzir para a sua causa um dos maiores fotógrafos do momento: Anselm Adams. Palavras semelhantes às que diz agora Kaps: "Tem tudo a ver com a importância do analógico num mundo cada vez mais digital.">

Podem ler a notícia na íntegra aqui.

26/05/2009

Aldeia de Agra







Aldeia de Agra | Vieira do Minho
Um lugar para descobrir e redescobrir, com muitos recantos parados no tempo.

21/05/2009

In labore virtus II




Depois do primeiro xaile verde mesclado ter seguido para Itália, o segundo está quase pronto.
Série limitada de três.

19/05/2009

Polaroid #1



Numa época em que o digital condicionou o nosso olhar, dando-nos imensas possibilidades de manipulação da imagem, a Polaroid continua a ser um processo mágico e irreverente. Do "clique" até à revelação da película, a aparência da imagem aos nossos olhos, nas nossas mãos, transporta-nos a um outro tempo... o da descoberta, do imponderável, da sua sedução.

Edwin H. Land inventou a "fotografia instantânea" em 1947. Com o intuito de aperfeiçoar e testar as suas máquinas fotográficas e películas, contratou vários artistas e fotógrafos. Ansel Adams, o primeiro consultor da Polaroid Corporation, considerava importante que as fotografias Polaroid coabitassem com as fotografias convencionais de alta qualidade de fotógrafos de renome.
Na década de 70 os vários adeptos da Polaroid, começaram a quebrar barreiras, tanto a nível técnico como estético. Surgiu uma nova era de experimentalismo fotográfico. Sobre as películas aplicavam tintas, perfuravam-nas com agulhas, riscavam-nas, aqueciam-nas.

Entre muitos, Helmut Newton, Andy Warhol, Mapplethorp, não resistiram à Polaroid - uma nova experiência com características muito próprias.

16/05/2009

Dia Internacional dos Museus | Jenny Holzer



Hoje é o dia Internacional dos Museus.
Este dia, levou-me a recuar a 2001, a uma viagem cujo motivo não era o da descoberta e da procura, mas sim o de um grande pesar.
Num daqueles infindáveis momentos de espera, optei por visitar o capcMusée d'art contemporain de Bordeaux. Precisava de me alienar, nem que fosse por um curto espaço de tempo. E nada melhor que a visita a um Museu, onde me pudesse envolver emocionalmente com outros estímulos, outro espaço, outro tempo.
Deparou-se diante do meu olhar apagado, a monumentalidade e a luz do trabalho da Jenny Holzer.
A fluídez das suas mensagens em LED, percorriam cerimonialmente todo aquele antigo espaço de arcadas.

Jenny Holzer utiliza como veículo do seu pensamento plástico, as palavras, as frases, os textos. Horizontalmente ou verticalmente, impressas ou electrónicas, as suas frases adaptam-se a todos os espaços, públicos ou privados.
De início, não fez uso dos cenários artísticos. A sua primeira série, em 1977, chamada de Truisms, Jenny Holzer serviu-se da impressão de ditos espirituosos em letras maiúsculas sobre t-shirts e posteres que espalhava pela cidade - cabines telefónicas, parquímetros e paredes de casas.
Depositária da herança da arte conceptual e minimal, influenciada pela descoberta da "escrita feminina", libertada da ideologia patriarcal, esta artista americana desenvolve, depois dos anos 80, uma lógica artística nos confins da palavra, do corpo e do espaço.
Os textos de Jenny Holzer, são uma combinação explosiva de retóricas contraditórias. Procura dissimular a identidade e o género do autor, esta ambiguidade, a transmigração masculino/feminino, aumenta o frenesim da leitura .
Um discurso profundamente subversivo e provocador.

OH 2001

I LOOK FROM LEGS TO GENITALS THAT ARE MATURE IN COMPLEX SHADOW FOLD. I HAD NOT SEEN HOW YOU ARE MADE. YOU ARE VIVID.

INSIDE THE SHIRT YOU ARE CLOVEN.
...

|Imagem retirada do catálogo Jenny Holzer OH, capcMusée d'art contemporain de Bordeaux|

14/05/2009

Antony and the Johnsons



A primeira vez que ouvi a voz do Antony, em 2004, foi um daqueles momentos de simbiose que costumo ter com a música - de apego total.

Cá estão eles mais uma vez...

Antony and the Johnsons
Sábado, dia 16, Theatro Circo - Braga
Segunda, dia 18, Coliseu - Porto

antonyandthejohnsons.com

|Imagem retirada de antonyandthejohnsons.com|

13/05/2009

Retrato



Este retrato podia ser o meu.
As semelhanças são muitas, a forma do rosto, os olhos, os lábios, o cabelo... Mas não é.
É um antigo retrato de uma tia do meu pai - a Tia Marquinhas.
Nos anos 70, com a chegada da primavera, eram muitas as idas ao Alentejo para visitar os familiares paternos.
Numa dessas saídas, rumo a Évora, a casa da Tia Marquinhas, foi-me oferecido este pequeno retrato.
A Tia Marquinhas, orgulhosa com as nossas semelhanças, pediu-me que o guardasse.
Assim foi, e o tempo encarregou-se de marcar os seus sinais.

12/05/2009

In labore virtus




Estou quase a terminar mais um xaile, desta vez roxo.
Este é o segundo de uma série limitada de três.

11/05/2009

Textura #1



Geralmente, nunca experimentamos atribuir significados a uma palavra quando esta já nos é demasiado familiar.
A definição que encontro, mentalmente, neste momento para "textura" é:
A ocupação do espaço vazio, por objectos organizados segundo uma determinada ordem.
O oposto do caos.

06/05/2009

Xaile azul mesclado



Uma camisa bordada de Viana do Castelo, umas calças de ganga e um xaile - na boa vai ela!

Etiqueta



A etiqueta na boa vai ela, é um pequeno apontamento com um coração bordado que dá por concluído o lavor.
As cores variam mediante as cores do fio do crochet.

05/05/2009

Casaco da Avó



Este casaco, herdado da minha avó materna, acompanhou-me quando estudava na Soares dos Reis.
Passados vinte anos, voltei a redescobri-lo na casa da minha mãe. Depois de um pequeno conserto de costura, vai retomar o seu lugar de eleição no meu roupeiro.